3.09.2008





Trazer o exterior para dentro, abrir as portas para deixar entrar num subway, espaço underground, aquilo que vive no solo acima. Trazer a vida, o verde, o orgânico, para dentro do espaço estéril, frio, artificial de uma estação de metro, lugar por onde toda a gente passa, mas nunca fica.
Um jardim, um espaço verde que necessita ser cuidado para se desenvolver, colocado num "não-lugar", numa estação de metro de uma cidade que necessita ser cuidada para crescer e se desenvolver.
Colocada na parede, iluminada pela luz indirecta e artificial dos candeeiros da estação de metro de Faria Guimarães, surge uma fotografia de grande escala que apresenta a vista panorâmica de uma floresta de pinheiros. Nas restantes paredes que encerram o espaço, surgem séries de regadores, colocados na parede como extintores de incêndio, convidando o transeunte a utilizá-los como ferramenta para ajudar a crescer a sua cidade, regando e/ou "salvando" simbolicamente as grandes árvores apresentadas na fotografia da parede acima, estrategicamente colocada sobre a sinalética de "saída/exit". Estas árvores precisam de décadas, muita paciência para crescerem e ficarem altas e frondosas. Uma cidade como o Porto precisa de crescer aos poucos, um crescimento que passa por dar as ferramentas e ensinar a fazer.
Fazer todos os dias um pouco, num gesto repetido e continuado mas que, acima de tudo, deve ser "acreditado" e entendido por todos como fundamental.
Aprender a plantar uma árvore, a cuidá-la todos os dias, a ter paciência para vê-la crescer…Aprender a aceitar as diferenças culturais, vivê-las todos os dias de forma a tornarem-se banais e parte da sociedade. Fazer da tolerância a ferramenta essencial; do regador, que com a água purifica e dá alimento àquilo que se pretende cosmopolita.
Regando a cidade de tolerância, arrancando-lhe os "pré-conceitos" daninhos.

Manuela São Simão, Outubro 2007

2.13.2008

Acção (Faria Guimarães)_fotografias de João Pádua






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AGRADECIMENTOS

Queremos agradecer a presença de todos na acção final, que apenas foi possível porque acreditaram e decidiram, pelos
mais diversos e legítimos motivos, comparecerer em Faria Guimarães, às 20h do dia 31 de Janeiro.

Agradeçemos particularmente ao simpático "casal de Chaves" que veio com o filho especialmente para esta acção,
bem como agradeço a paciência e convicção do "senhor jardineiro da câmara do Porto" que pelas 19h do dia 31,
aguardava já na referida estação, que lhe entregassem a sua mais "preciosa ferramenta de trabalho"!

Agradeçemos ao Miguel, estudante de engenharia espevitado que segurava o regador como uma prancha de bodyboard,
sempre com iniciativa e curiosidade de conhecer melhor o projecto! :)

Agradeçemos igualmente o gabinete de comunicação e imagem da Empresa Metro do Porto que tornou possível tudo isto
escolhendo, entre outros, o nosso projecto para financiar e oferecendo as estações de metro como delicioso
palco para a nossa intervenção.
Agradeçemos ao Jornal de Notícias e Global por se interessarem pela iniciativa tornando "mais público" este projecto;
Agradeçemos à "equipa de manutenção do metro" (Transdev) que por 5 longas horas se tornaram connosco numa
paciente "equipa de montagem de exposições";
Agradeçemos finalmente às senhoras de limpeza da Estação de Faria Guimarães que, com a sua agilidade,
impediram os "dois gunas" de levarem embora os regadores que haviam usurpado da instalação,
no dia antes da acção final!

Obrigada também a todos os outros anónimos e amigos presentes! :)

Até à próxima acção!

Manuela São Simão e João Pádua
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2.11.2008

Acção (exterior) imagens finais:


Acção ( interior) imagens finais:










Acção Growing the City_convocatória/reportagem:

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http://jn.sapo.pt/2008/01/30/porto/eles_dar_regadores_numa_estacao_metr.html
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Reportagem por Virgínia Alves.(Jornal de Notícias e Jornal Global_30/01/08)

Cruzar estações do metro, entrar e sair das diversas composições, mas com um regador na mão. É o desafio lançado por Manuela São Simão e João Pádua, responsáveis pelo projecto Growing the City, que mostrou uma nova face da estação de metro de Faria Guimarães, no Porto, desde o passado dia 7 de Dezembro.
A instalação desaparecerá da estação amanhã, mas os passageiros do metro estão convidados a participar, a partir das 20 horas, numa acção final. Basta para isso que compareçam no local e aceitem fazer alguns percursos com um regador na mão (um grupo de 30 pessoas).

"Queremos que as pessoas sintam e segurem o regador como qualquer outro utensílio de trabalho que todos os dias transportam", afirmou Manuela São Simão.

A iniciativa será fotografada pelo João Pádua e registada em vídeo por Ana Rita Ferreira. "Gostaríamos de dar continuidade à iniciativa, mostrando as fotos e os vídeos no metro", disse João Pádua.
O projecto visa "essencialmente chamar a atenção para a diversidade e a tolerância. Vamos regar a cidade de tolerância, essa pode ser a frase chave", sublinhou a autora.

Growing the City pretende ser uma acção que apela ao olhar crítico das pessoas sobre a cidade e sobre elas mesmas, "percebendo que a cidade pode crescer de outras formas, começando por aceitar as diferenças dos outros", sublinhou Manuela São Simão.

A escolha dos regadores acaba por associar-se à escolha da estação para desenvolver o projecto. "É uma estação árida, com iluminação indirecta e que tem a particularidade de ter dos lances de escadas para o exterior. Ao subir pode imaginar-se árvores, jardins, mas só se tem cidade, nada de verde. O regador pode, assim, ser um símbolo da água, essencial, da capacidade de crescer, como qualquer espaço verde. Foi também uma maneira de levar um pouco de verde para um espaço estéril ", frisou a autora do projecto. O Growing the City foi desenvolvido após um desafio lançado pela Empresa Metro do Porto à Escola de Belas Artes, para assinalar o 5.º aniversário da rede de transportes.

Manuela São Simão, licenciada em Belas-Artes, e João Pádua, fotógrafo, apresentaram o projecto e ganharam o concurso, podendo realizar a instalação na estação de Faria Guimarães (escolha dos autores).
"O orçamento inicial foi ultrapassado e ficou muito perto dos mil euros", recordou Manuela São Simão. Exposto a 7 de Dezembro de 2007, regadores e cartazes são retirados amanhã.

Os regadores andarão pelo metro.

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Acção: Growing the City


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Projecto de Manuela São Simão e João Pádua

Data:
31 de Janeiro/08
Horário:
apartir das 20h
Ponto de partida/encontro: Estação de Metro de Faria Guimarães
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Descrição:
No seguimento do projecto Growing the City, patente na estação de Metro de Faria Guimarães até dia 31 (5ª feira), foi lançado o repto a quem se sentiu desafiado a participar na fase final deste projecto que culminau numa performance-acção.
Esta última intervenção consistiu na concretização daquilo que tinha sido até ao momento uma encenação/forte sugestão na qual um grupo de pessoas circulava pelo metro como transeuntes que regressavam a casa, vindos do trabalho ou da escola, mas com um elemento particular e comum a todos: seguravam na mão um regador, como se este se tratasse de uma ferramenta de trabalho.

Apenas foi pedido aos participantes que compareceram na referida estação, para acreditarem e segurarem com convicçao um regador.
Tentámos explorar a estranheza e efeito surpresa que poderia ser causado pela simples presença de um objecto sugestivo como este, numa estéril estação de metro.
Tratou-se, além de uma acção, de uma chamada-de-atenção que pretende concentrar o olhar crítico das pessoas sobre elas mesmas e, por conseguinte, sobre a cidade.

Para figurar nesta acção, os participantes apenas tiveram de comparecer às 20h do dia 31 (último dia da instalação) na Estação de Metro de Faria Guimarães.
Esta acção foi "documentada" através de registo fotográfico por João Pádua e registo vídeo por Ana Rita Ferreira.
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O projecto foi promovido e financiado pela empresa Metro do Porto no âmbito das comemorações do seu 5º aniversário:
http://www.metrodoporto.pt/pagegen.asp?SYS_PAGE_ID=834743&id=223

2.10.2008

Imagens documentativas do projecto (por João Pádua):





Imagens:


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O projecto:

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Trazer o exterior para dentro, abrir as portas para deixar entrar num subway, espaço underground, aquilo que vive no solo acima. Trazer a vida, o verde, o orgânico, para dentro do espaço estéril, frio, artificial de uma estação de metro, lugar por onde toda a gente passa, mas nunca fica.
Um jardim, um espaço verde que necessita ser cuidado para se desenvolver, colocado num "não-lugar", numa estação de metro de uma cidade que necessita ser cuidada para crescer e se desenvolver.
Colocada na parede, iluminada pela luz indirecta e artificial dos candeeiros da estação de metro de Faria Guimarães, surge uma fotografia de grande escala que apresenta a vista panorâmica de uma floresta de pinheiros. Nas restantes paredes que encerram o espaço, surgem séries de regadores, colocados na parede como extintores de incêndio, convidando o transeunte a utilizá-los como ferramenta para ajudar a crescer a sua cidade, regando e/ou "salvando" simbolicamente as grandes árvores apresentadas na fotografia da parede acima, estrategicamente colocada sobre a sinalética de "saída/exit". Estas árvores precisam de décadas, muita paciência para crescerem e ficarem altas e frondosas. Uma cidade como o Porto precisa de crescer aos poucos, um crescimento que passa por dar as ferramentas e ensinar a fazer.
Fazer todos os dias um pouco, num gesto repetido e continuado mas que, acima de tudo, deve ser "acreditado" e entendido por todos como fundamental.
Aprender a plantar uma árvore, a cuidá-la todos os dias, a ter paciência para vê-la crescer…Aprender a aceitar as diferenças culturais, vivê-las todos os dias de forma a tornarem-se banais e parte da sociedade. Fazer da tolerância a ferramenta essencial; do regador, que com a água purifica e dá alimento àquilo que se pretende cosmopolita.
Regando a cidade de tolerância, arrancando-lhe os "pré-conceitos" daninhos.

Manuela São Simão, Outubro 2007

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Projecto inserido nas Comemorações do 5º Aniversário do Metro do Porto:
http://www.metrodoporto.pt/pagegen.asp?SYS_PAGE_ID=834743&id=223



http://www.metrodoporto.pt/pagegen.asp?SYS_PAGE_ID=834743&id=227